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Conheça essa façanha esquecida

30/12/2009

Feliz Ano Novo!

Esperamos que 2010 seja um ano de superação e conquistas, não só para o GRÊMIO, mas para todos nós GREMISTAS



FELIZ 2010!!

29/12/2009

MATUTANDO: Se Maxi sair, é culpa do Meira


O nosso arrogante diretor, Luiz Onofre Meira, desperta grandes desavenças no Mundo Futebolístico, não tem profissionalismo e esbanja prepotência. Suas declarações são inquietantes e exteriorizam problemas que deveriam ser tratados internamente. Agora Maxi pode sair devido aos pecados do porta-voz do clube que, mais uma vez, trabalha contra o mesmo.

A mulher do argentino também quer a Europa, principalmente a Itália. É modelo e assim fica fácil de pintar bons serviços no país da capital da moda, tem muito a ganhar. Só que é o jogador que tem em suas mãos o poder de decisão, quando veio para o Olímpico ela veio junto, ele estava no Velho Continente.

Agora todo o silêncio com relação à saída ou não demonstra duas coisas, a primeira é que falta PROFISSIONALISMO à Direção que não fechou com o jogador antes, ele deu a resposta, poderia ter ficado; a segunda é que agora, no momento de se acertar, falta PROFISSIONALISMO E DIPLOMACIA à Meira para tentar um acordo.

A gente tenta acreditar no Grêmio, mas esses que ai estão fazem de tudo para que aconteça o contrário. A Copa do Brasil de 2010 é uma grande chance, não existe time mais preparado que nós para vencer-la na próxima temporada, por mais cedo que seja para fazer essa constatação, é assim que nos encontramos agora. Não podemos perder elenco, precisamos QUALIFICAR AINDA MAIS O QUE TEMOS.

28/12/2009

Grêmio pode jogar contra o PSV da Holanda em Maio


Segundo o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Grêmio ou Internacional jogarão contra o clube dos Países Baixos no mês de maio. Quem enfrentará será o clube da dupla que vencer o Campeonato Gaúcho de 2010, ou, se alguma outra equipe vencer, o melhor colocado destes. A partida será a entrega das faixas de campeão.

- Se tiver um campeão que não seja a Dupla Gre-Nal, o jogo será contra o melhor colocado entre eles. Falei com o Duda Kroeff e o Vitório Piffero. Eles aceitaram – disse o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, em entrevista para a Rádio Gaúcha.


Já jogamos com o PSV em 31 de julho de 1987, no empate em 1x1. Nosso retrospecto contra holandeses é muito bom com 9 jogos, 4 vitórias, 5 empate e 0 derrota.

12/12/2009

Grêmio Bicampeão da Libertadores da América de 1995



Em 30 de agosto de 1995, o time comandado pelo grande técnico gaúcho Luiz Felipe Scolari com diversos craques que marcariam um tempo áureo do clube conquistou sua segunda Copa Libertadores da América, o papão dos anos 90 estava de volta após um curto período de crise e, assim como em 1983, tinha rivais grandes rivais, muitos até melhores em qualidade, mas na raça e amor a camisa superávamos cada um dos obstáculos que nos eram impostos.


A Copa

Criada no ano de 1960, a Taça Libertadores da América já havia contado com a presença do Imortal Tricolor, que estreou na competição continental em 1982, conquistou em 83, foi vice em 84 e participou em 90. O Grêmio chegava a sua quinta participação em um status diferenciado daquele da segunda disputa, era um dos favoritos, mas, como sempre, existia aquele que era o principal rival, mais forte e preparado, era o Palmeiras, candidatíssimo a conquista daquele ano.

Muita coisa havia mudado dos anos 80 para cá, Peñarol, Nacional, Estudiantes e Independiente, as forças máximas do futebol da década anterior, já não eram as estrelas da competição, dando lugar a outros destaques que ocupariam o cenário futebolístico sul-americano com igual importância, como River Plate, Olímpia, Cerro Porteño, Boca Juniors e América de Cali. Do lado brasileiro não eram mais o Flamengo que, com o Grêmio, dominava o cenário nacional, mas São Paulo e Palmeiras que agora faziam frente ao Tricolor na busca dos títulos de 90.


Pré-Jogo

Munticampeão nos anos 80, o Grêmio terminava uma década de ouro em grande estilo, um Mundial, uma Libertadores, um Campeonato Brasileiro, seis Gauchões e para finalizar, uma Copa do Brasil recém criada em 1989. Todos os anos era uma disputa de títulos, fato que prosseguiu em 1990 na conquista da Supercopa do Brasil e no terceiro lugar do Brasileirão do mesmo ano.

Apesar de promissora, a vida gremista não foi só mar de rosas. Após uma ótima campanha no ano anterior, em 1991 o Tricolor sofria sua maior derrota, o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A situação era caótica, a apresentação de 1990 e o vice-campeonato da Copa do Brasil de 91 não prenunciavam o futuro terrível, mas, infelizmente, caímos. Com chances de se salvar no último jogo o time foi mal escalado e perdeu por 3x1 para o Botafogo que não tinha nada a perder na competição.

Foi então que o clube buscou uma reação, em uma grandiosa manobra política, conseguiu o retorno a Série A por meio do regulamento e foi vice-campeão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro em 1993. Em 1994 fez um bom time para conquistar a Copa do Brasil, retornando a Libertadores, seu habitat natural.


A conquista

Via Copa do Brasil chegava o Grêmio para a disputa do maior título das Américas, a Copa Libertadores era a competição mais cobiçada pelo clube gaúcho e, de quebra, dava o direito a disputar o Mundial de clubes contra o campeão da Europa.

O favorito naquele ano era o Palmeiras, a "Seleção Parmalat" treinada pelo ex-técnico campeão do Mundo pelo Imortal, Valdir Espinosa, tinha Alex Alves, Roberto Carlos, Paulo Isidoro, Edmundo, Rivaldo e Cafú, somente citando alguns. Na época o clube era patrocinado pela empresa Parmalat (a mesma que levou o Juventude de Caxias do Sul aos maiores títulos de sua história) tinha muito dinheiro e comprou o que de melhor existia no mercado, era um time para ser campeão de tudo.

Além do Palmeiras, existiam outros rivais candidatos a taça, dentre eles o então campeão da Libertadores, Vélez Sársfield, o forte River Plate, os experientes Independiente e Peñarol, além das sensações da década, a escola de futebol Paraguaia, com Olímpia e Cerro Porteño. Sem dúvida Olímpia e River Plate eram as equipes mais perigosas, com os argentinos de Buenos Aires em alta e o clube alvinegro paraguaio batendo na trave nas edições anteriores, a dupla brasileira da competição poderia ter problemas.

Na primeira fase o Grêmio caiu no "grupo da morte", a nossa chave era o Grupo 4, com Palmeiras, Emelec e El Nacional. Iniciamos da pior forma, jogando em São Paulo contra o Palmeiras e com derrota, 3x2 para os rivais, o jogo foi disputado, com o Imortal conseguindo a igualdade duas vezes. No final terminamos na segunda colocação com três vitórias, dois empates e uma derrota, sem conseguir vencer o Verdão Paulista.

As oitavas-de-final foram maldosas com o Tricolor, pegamos o adversário mais difícil entre os duelos, o Olímpia. Apesar da dificuldade, goleamos por 3x0 no Paraguai, um jogo e resultado excelentes. Depois da bela atuação confirmamos a classificação no estádio Olímpico Monumental, com mais um 2x0. A próxima fase era contra o Palmeiras, uma verdadeira final antecipada da competição.

No dia 26 de julho, o Grêmio recebeu a equipe paulista para o primeiro jogo, no final o resultado de 5x0 assustava qualquer amante do futebol, os gaúchos trucidaram o rival e podiam perder por até 4x0 que ficariam com a vaga. Pouco preocupado, o time gremista foi para o jogo de volta em São Paulo para cumprir tabela fez mais um gol (resultado até então 6X0) e dormiu, a consequência foi um perigosíssimo 5x1 que quase tirou o clube do caminho de mais um grande título, subestimamos o rival e quase pagamos pela arrogância.

Depois do susto, o Imortal seguiu para a semifinal contra bom Emelec. A equipe equatoriana nunca havia vencido uma competição continental, mas se fazia presente na Libertadores seguidamente e nas fazes anteriores despachou Cerro Porteño e Sporting Cristal. O primeiro jogo foi em Guayaquil, onde empatamos sem gols, no jogo de volta um resultado de 2x0 enchia de esperanças a nação tricolor, isso porque o grande rival de então, o temido River Plate, havia sido eliminado surpreendentemente pelo Atlético Nacional da Colômbia jogando na Argentina.

Ao contrário do que havia acontecido em 1983, o Grêmio disputou o primeiro jogo da final no Olímpico Monumental. Com facilidade aplicamos 3x0 nos colombianos, com grande atuação da dupla Paulo Nunes e Jardel, mas permitimos o gol de honra rival. No segundo jogo resistimos à pressão de Medellin, empatamos por 1x1, e  carimbamos nossa participação no Mundial de Clubes contra o fenômeno europeu, Ajax, que havia vencido em maio o grande Milan na final da Liga dos Campeões.

O time de Felipão, Arce, Danrlei, Adilson, Rivarola, Roger, Dinho, Paulo Nunes, Goiano, Arilson, Carlos Miguel, Antônio Carlos e outros, ficou marcado na história do Imortal como um dos maiores plantéis já formados no clube, para alguns melhor até que o time Campeão do Mundo de 83. Não só a qualidade marcava aquele Grêmio, o amor a camisa e a raça foram essenciais para vencer equipes mais fortes, mas, talvez, não tão capacitadas para ser Campeão da Libertadores de 1995.






1ª Fase
Palmeiras3X2Grêmio21/02
Emelec2X2Grêmio14/03
El_Nacional1X2Grêmio17/03
Grêmio0X0Palmeiras22/03
Grêmio4X1Emelec31/03
Grêmio2X0El_Nacional07/04

Oitavas-de-Final
Olímpia0X3Grêmio25/04
Grêmio2X0Olímpia03/05
 
Quartas-de-Final
Grêmio5X0Palmeiras26/07
Palmeiras5X1Grêmio02/08
 
Semi-Final
Emelec0X0Grêmio10/08
Grêmio2X0Emelec16/08
 
Final
Grêmio3X1Atlético
Nacional 
23/08
Atlético
Nacional 
1X1Grêmio30/08
 
 
 

DADOS DA FINAL
Local:Medellin/Colômbia
Estádio:Atanasio Girardot
Data:30 de agosto de 1995
Hora:
Árbitro:Salvadore Imperatore (CHI)
Assistentes:
Gols Grêmio:Dinho aos 39 minutos do 2º tempo
Gol Atlético Nacional:Aristizábal aos 12 minutos do 1° tempo





 GRÊMIOATL. NACIONAL
DANRLEIHIGUITA
ARCESANTA
RIVAROLAMARULANDA
ADÍLSONFORONDA
ROGERMOSQUERA
DINHOSERNA
GOIANOGUTIERREZ
ARÍLSONARANGO
CARLOS_MIGUELALEXIS
PAULO_NUNESANGEL
JARDELARISTIZÁBA
TÉCNICO:
LUIZ FELIPE SCOLARI
TÉCNICO:
JUAN JOSÉ PELÁEZ
 
 
 
CONTEÚDOLink
Primeiro jogo da final
Grêmio 3x1 Atlético Nacional
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Segundo jogo da final
Atlético Nacional 1x1 Grêmio
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ReportagensClique aqui
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06/12/2009

BR’09: Finalmente acabou!


Demorou, mas terminou esse campeonato terrível para o Imortal. O campeão não me agrada, o vice muito menos, assim como o terceiro e quarto colocado. No rebaixamento não caiu quem eu queria, o Santos. O Grêmio saiu mais cedo da competição, ou seja, um campeonato para ser esquecido.

Nesse último jogo o gostinho de ver os colorados torcendo para o Grêmio, mas a tristeza em ver a falta de profissionalismo de nosso futebol, primeiro o Inter em 2008, depois o Grêmio em 2009. São dois títulos nacionais que o RIO GRANDE DO SUL perdeu.


Primeiro tempo

Com time reserva, o Grêmio começou o jogo a toda velocidade, quem achou que seria entrega desde o começo da partida se apavorou com a postura tricolor. Aos 2 minutos Túlio mandou bola perigosa contra o gol flamenguista, susto aos mais de 85 mil espectadores.

Foto: ClicEsportes
O Flamengo só conseguiu chegar aos 12 minutos, Aírton cruzou para Adriano que mandou a bola para fora. Essa era a imagem dos cariocas, erros não só finalização como em passes e cobranças, era o nervosismo pré-título.

Aos 21 minutos, susto para os gremistas, Roberson venceu os marcadores dentro da área e mandou para o gol. O Imortal estava melhor e isso preocupava seus próprios torcedores, com o resultado o Beira-Rio fervia, pois o título estava indo para lá.

Foto: ClicEsportes
Oito minutos após a vantagem do Tricolor o Urubu conseguiu o empate. Em escanteio cobrado por Petkovic, David mandou no canto direito do gol gremista. Euforia da torcida do Grêmio e do Flamengo, e tristeza colorada que começou a sentir o título indo embora.

O Flamengo tentou até o final do primeiro tempo, mas os erros e o nervosismo eram os maiores adversários dos mandantes. O empate ainda dava o título para o Internacional que vencia o Santo André, nas arquibancadas não faltaram vaias, mas não de flamenguistas e sim de tricolores, que queriam ver o Grêmio entregando o jogo.


Segundo tempo

Na segunda etapa o jogo prometia, novamente quem começou forte foi o Grêmio que quase balançou as redes no começo, aos 2 minutos com Douglas Costa. O meia mandou a bola quase no ângulo, apreensão no Maracanã.

Foto: ClicEsportes
Um minuto depois de quase conseguir a vantagem novamente, o Flamengo quase conseguiu a virada, Pet cobrou escanteio e Adriano quase fez de cabeça. Minutos depois Aírton mandou de cabeça para ótima defesa de Marcelo Grohe. Era lá e cá.

Aos 23 minutos Adriano chegou novamente, mas o goleiro tricolor fez mais uma grande defesa. As torcidas, gremista e flamenguista, estavam preocupadas e os colorados cada vez mais eufóricos, o tempo passava e o titulo estava cada vez mais próximo de Porto Alegre.

Foto: ClicEsportes
Para alegria geral da nação, aos 24 minutos, Petkovic cobrou escanteio na cabeça de Ronaldo Angelim que só teve o trabalho de mandar para o gol. Era 100% do Maracanã na comemoração, silêncio no Beira-Rio que chegara a acreditar no Imortal.

O jogo terminou no momento do segundo gol flamenguista. Pressionado pela torcida do próprio clube, os jogadores tricolores não tiveram coragem de atacar mais. Apesar do resultado os gremistas vaiaram a equipe por darem trabalho ao mais novo campeão brasileiro.



FICHA TÉCNICA:
Flamengo 2 X 1 Grêmio
Local:
Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 6 de dezembro de 2009 (domingo)
Hora: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)
Assistentes: Alessandro Rocha (Fifa-BA) e Carlos Berkenbroch (Fifa-SC)
Cartões amarelos: David, Willians (Flamengo), Douglas Costa, Marcelo Grohe, Lúcio, Adílson (Grêmio)
Gols: Róberson, aos 21 minutos do primeiro tempo; David, aos 30 minutos do primeiro tempo, Ronaldo Angelim, aos 25 minutos do segundo tempo
FLAMENGO: Bruno; Leonardo Moura, Ronaldo Angelim, David e Juan; Aírton, Toró (Everton), Willians e Petkovic (Fierro); Zé Roberto (Kleberson) e Adriano
Técnico: Andrade
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Mário Fernandes, Willian Thiego, Léo e Fábio Santos; Adilson (Mithyue), Túlio, Maylson e Lúcio; Douglas Costa e Róberson (Bergson)
Técnico: Marcelo Rospide


Resultado

Com a derrota ficamos na 8ª posição, com 55 pontos. Estamos classificados para a Copa do Brasil e para a Sul-Americana. Agora futebol só em 2010, na primeira competição do ano, o Campeonato Gaúcho.



Vídeo:


02/12/2009

Grêmio Campeão da Libertadores da América de 1983


Em 28 de julho de 1983 o Grêmio chegava a mais um grande momento em sua história, estabelecido como um dos grandes do futebol nacional muito tempo antes, a equipe gaúcha conseguia, aos 79 anos, chegar a um patamar de reconhecimento mundial. A final da Copa Libertadores da América era o ponto alto até então, ainda existia a chance de chegar ao topo do futebol, mas a conquista em questão já deixava o clube de Porto Alegre no nível de equipes consagradas no cenário sul-americano.


A Copa

Criada no ano de 1960, a Taça Libertadores da América, nome em homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul, tinha como campeões, até 1983, dos maiores times do continente, a citar Peñarol, Independiente, Estudiantes, Nacional de Montevideo, Boca Juniors e Olímpia. Os brasileiros, como de costume em competições sul-americanas, não tinha um grande rol de campeões, sendo somente Santos, Flamengo e Cruzeiro os times que, antes do Imortal, levantaram a taça.

A competição era dominada por dois clubes, Independiente e Peñarol, sendo o primeiro 6 e o segundo 4 vezes campeão, seguido pela equipe argentina do Estudiantes La Plata, com 4 conquistas e outros vários com 2 e 1 título, a citar importantes clubes como Nacional e Boca Juniors, ambos com 2 taças. Por ironia do destino, o Grêmio viria a participar da copa de 83 com três dos cinco maiores clubes da competição, além do Flamengo de Zico, contra o qual havia perdido o Campeonato Brasileiro de 1982 no escândalo do gol de mão que deu o título aos cariocas.

O prestígio da Copa Libertadores não se devia apenas ao confronto entre grandes plantéis do futebol sul-americano, mas também ao fato da mesma levar a Copa Intercontinental, chamada no Brasil de Mundial Interclubes. Até então a competição  não levava a disputa da Recopa Sul-Americana, criada no ano de 1989, dado que não havia uma segunda competição na América do Sul, mas dava direito a disputa da Copa Interamericana, que não era jogada continuamente por diversos problemas de datas e segurança (há divergências se o Grêmio havia vencido a mesma em 83, título não reconhecido atualmente).


Pré-Jogo

Em uma reação surpreendente iniciada no final dos anos 70, em que penávamos para ganhar do Internacional e conquistar títulos, o Grêmio fez um grande time, conquistou o Campeonato Gaúcho de 1976, oito anos após o último título, e galgou sonhos maiores. Em 1981, depois de uma bela trajetória, conquistávamos o primeiro título do Campeonato Brasileiro de Futebol, na épica final contra o São Paulo no estádio Morumbi.

O título conquistado em 81 deu ao Tricolor do Sul a vaga na Copa Libertadores do ano seguinte. Em 1982 estreávamos pela primeira vez na competição continental, por azar, caímos no "Grupo da Morte", com São Paulo, Peñarol (que viria a se sagrar campeão) e Defensor Sporting do Uruguai. Perdemos apenas dois jogos, ambos para os uruguaios, ficamos em terceiro na classificação, sendo eliminados na primeira fase já que somente seguia o melhor da chave, no caso o Peñarol.

Mesmo com uma participação curta na Libertadores o Grêmio teve uma apresentação honrável e foi para a disputa do Brasileirão com moral. Chegou as quartas-de-final vencendo o Fluminense, passou pelo Corinthians, ganhando os dois jogos (sendo o segundo na casa do adversário por 3X1) e seguiu para a final na disputa contra o Flamengo. No primeiro jogo um empate em 1x1 no Maracanã completamente lotado, gols de Tonho e Zico; no jogo de volta no Olímpico um 0x0 levou a disputa para a terceira partida, ainda em Porto Alegre; então, na final decisiva, a repetição do 0x0 estava consagrando o Imortal como bicampeão nacional até que foi marcado um gol irregular para os cariocas, em um dos mais vexatórios roubos do futebol brasileiro, que deu o título aos rivais.


A conquista

O vice injusto de 82 garantiu a segunda participação gremista na Libertadores da América do ano seguinte, contra os grandes clubes da América como Nacional e Peñarol de Montevideo, Olímpia do Paraguai, Flamengo do Brasil e Estudiantes de La Plata, iniciava o possível coadjuvante Grêmio em seu sonho de atingir o topo do Mundo. Eram os grandes campeões, que somavam juntos 11 dos até então 23 títulos da competição, 8 Mundiais Interclubes e exatos 183 campeonatos nacionais.

Na primeira fase o Tricolor caiu na Chave 2, com Flamengo, Blooming e Bolivar da Bolívia. O grupo era relativamente fácil se comparado ao que enfrentamos em 1982, com Peñarol, Defensor e São Paulo, não por menos terminamos invictos, com 5 vitórias e 1 empate, contra o Flamengo. Foram 13 gols pró e 4 gols contra.

Da primeira fase partia-se diretamente para as semi-finais, mas não nos moldes atuais da Libertadores, eram duas chaves com três equipes cada. Ficamos no Grupo 1, com os fortes América de Cali e Estudiantes La Plata; no Grupo 2 estavam os temidos Nacional e Peñarol, sendo o segundo atual campeão da competição e  do Mundo (entrando direto nesta fase), além do Atlético San Cristóbal que incrivelmente se classificou no grupo mais fácil, contra o compatriota venezuelano Deportivo Tátira e os equatorianos EL Nacional e Barcelona.

O Grêmio começou vencendo o Estudiantes no estádio Olímpico por 2x1, com um gol a favor perto do final da partida. No segundo jogo sofreu o revés perdendo para o América em Cali por 1X0, mas se recuperando na vitória em Porto Alegre por 2x1 cinco dias depois. Foi então que o Imortal foi a Argentina para joga contra o Estudiantes em um jogo épico cercado de tensão e acusações aos brasileiros de auxiliar inimigos de guerra do povo vizinho (mais detalhes aqui), no empate por 3x3, chamado de Batalha de La Plata.

Depois de sofrer uma pressão inimaginável em solo hermano precisávamos de um resultado desfavorável para o Estudiantes, o qual veio no empate sem gols contra o América em Cali, dando a vaga na final aos gaúchos. Pelo lado do Peñarol, uma classificação invicta dos uruguaios que se classificavam a decisão com pinta de que conquistariam a quinta copa.

Em 22 de julho de 1983 chagava o grande dia, de um lado o gigante Peñarol, 3 vezes campeão Mundial, 4 da Libertadores e 38 do Campeonato Uruguaio, do outro o Grêmio, uma vez campeão brasileiro e com sede de grandeza. Os gaúchos demonstraram sua força abrindo o marcador, mas não conseguiram segurar o resultado permitido o empate no segundo tempo, jogamos melhor, podíamos ter esperanças de um futuro áureo em Porto Alegre seis dias depois.

Com mais de 70 mil pessoas no estádio Olímpico Monumental, o Imortal duelava pela última vez na busca do maior título da sua história até então, o dia 28 de julho ficaria marcado pelas gerações como exemplo a ser seguido pelos plantéis que se sobrepusessem a esse, exemplo de raça e amor a camisa, aquilo que os gremistas sempre deram alto valor.

Novamente era o Grêmio que fazia o primeiro ao gol, Caio abria o marcador com 10 minutos de jogo, explodia a nação branco, preto e azul nas arquibancadas. Os mandantes dominavam, mas os uruguaios conseguiram empatar na segunda etapa como no jogo em Montevideo, isso levava a disputa para um terceiro jogo na Argentina, não era o que queríamos. Foi então que César fez a alegria do povo, estufou a rede adversária e guardou a taça no armário gremista, para todo o sempre.




1ª Fase
Grêmio1X1Flamengo04/03
Blooming0X2Grêmio22/03
Bolívar1X2Grêmio25/03
Grêmio2X0Blooming26/04
Grêmio3X1Bolívar31/05
Flamengo1X3Grêmio05/06
Semi-Final (triangular)
Grêmio2X1Estudiantes21/06
América1X0Grêmio24/06
Grêmio3X1América06/07
Estudiantes3X3Grêmio08/07


Final
Peñarol1X1Grêmio22/07
Grêmio2X1Peñarol28/07





DADOS DA FINAL
Local:Porto Alegre/Brasil
Estádio:Olímpico Monumental
Data:28 de julho de 1983
Hora:
Árbitro:Edson Pérez (PER)
Assistentes:
Gols Grêmio:Caio aos 37 minutos do 1º tempo
César aos 29 minutos do 2° tempo.
Gol Peñarol:Morena aos 23 minutos do 2° tempo
 GRÊMIO
PEÑAROL 
MAZARÓPI
FERNÁNDEZ
PAULO_ROBERTO
MONTELONGO
BAIDEK
OLIVERA
DE_LEÓN
GUTIÉRREZ
CASEMIRO
DIOGO
CHINA
BOSSIO
OSVALDO
SARALEGUI
TITA
SALAZAR
RENATO
RAMOS
TARCISO
SILVA
CAIO
MORENA
VALDIR_ESPINOSA
HUGO_BAGNULLO



CONTEÚDO
Link
Primeiro jogo da final
Peñarol 1X1 Grêmio
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Segundo jogo da final
Grêmio 2X1 Peñarol
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